Alberto Calçada (Alberto de Sousa Calçada)
Em 1942, formou o conjunto Irmãos Calçada juntamente com as irmãs. O conjunto passou a se apresentar na Rádio Difusora nos programas “Clube Papai Noel” e “Festa na Roça”. Na Rádio Record, os Irmãos Calçada se apresentaram no programa “Escola risonha e franca”.A família mudou-se para a cidade de Araguari, em Minas Gerais, em 1946.
Em 1947, formou um trio juntamente com os irmãos Sebastião Alves da Cunha e Elias Alves da Cunha. Atuaram na Rádio de Araguari até 1950. Ainda neste ano, o Trio apresentou-se no programa “Arraial da curva torta”, apresentado pelo Capitão Furtado na Rádio Difusora. Com a dissolução do trio passou a se apresentar em circos em companhia de diversos artistas, como Tonico e Tinoco, Paraguassu e outros, numa companhia de Celso Rodrigues, o Sertãozinho.
Em 1954, gravou com Palmeira e Biá fazendo acompanhamento no acordeom. Em 1955 gravou a polca “Aí que tá”, de sua autoria e Vicente Lia, e a “Valsa do pescador”, de José Fortuna. No mesmo ano, gravou o xote “Pica-pau”, de sua autoria com Palmeira e Corridinho e “Caldo verde”, de sua autoria. Em 1956, lançou a polca “Sarapico”, de Palmeira e o “Baião nº 5”, de Palmeira e Teddy Vieira. Ainda no mesmo ano, gravou “Chorosa”, valsa de sua autoria com Palmeira e “Mambo da sogra”, de Messias Garcia e J. M. Alves. No mesmo ano, participou da gravação do grande sucesso da dupla Palmeira e Biá, “Boneca cobiçada”. No outro lado do disco, a dupla cantava “Condenado”, guarânia de sua autoria e Palmeira. Em 1957, gravou “Que murmurem”, bolero de R. Fuentes e R. Cardenas e “Soy un estraño” bolero de G. Curiel.
Em 1958, gravou “Cascata de lágrimas” valsa de Moacir Braga e “Paixão gaúcha”, tango em parceria com Palmeira. Nesse mesmo ano, passou a trabalhar na Rádio Record com um programa semanal juntamente com Palmeira e Biá. Fazia parte também na mesma rádio de um programa dirigido por Vicente Leporace. Gravou no mesmo ano o LP “Cascata de valsas”, o primeiro a ser lançado pela gravadora Chantecler. Trabalhou durante vários anos nesta gravadora para a qual sugeriu o nome, participando da maioria das gravações como técnico. Em 1960, gravou com seu conjunto “Cascata de beijos” e “Cisne branco”, um dobrado, e, em 1961, um clássico da música sertaneja, a valsa “Saudade de matão”, de Raul Torres, Jorge Galatti e Antenógenes Silva. Por essa época começou a deixar a vida artística. Gravou inúmeros discos em 78 rpm e alguns LPs. Dentre suas muitas composições destacaram-se, entre outras, “Condenado”, com Palmeira, “O céu chorou por mim”, feita com Haroldo José, “Água benta”, em parceria com Miltinho Rodrigues e “Regresso”, composta com Dino Franco e gravada por Tibagi e Miltinho. Gravou ainda os LPs “Cascata de valsas”, “Fronteira, polcas e rasqueados” e “Saudade da minha terra”. Acompanhou entre outros, Tonico e Tinoco, Zé Carreiro e Carreirinho e Zé Fidélis. Entre suas produções está “Coração de luto”, o grande sucesso do cantor gaúcho Teixeirinha.